Leia a entrevista exclusiva com especialistas da Moove
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Transição energética transforma profundamente
o setor de mineração
O setor de mineração está aquecidíssimo. Não há um dia sem uma novidade. Toda essa ebulição vem com a crescente demanda pelos minerais da transição energética, que trazem um imenso potencial econômico para a América do Sul, mas não só. Até a geografia do segmento já se altera com as novas oportunidades.
Para o presidente do Ibram, a mineração terá papel decisivo na nova política industrial anunciada pelo governo federal, que tem como eixos a descarbonização e a transição energética, que, por sua vez, demandam a oferta de minerais estratégicos, como lítio, cobalto e de terras raras, essenciais para baterias e turbinas eólicas. “Se o Brasil quer uma indústria mais inovadora, digital, verde, exportadora e mais produtiva, tem que investir na expansão sustentável da produção mineral”, afirmou Raul Jungmann.
A exploração das terras raras, impulsionada pelo aprimoramento de tecnologias industriais, ainda impõe desafios importantes — o Brasil tem a segunda maior reserva mundial conhecida, porém essa riqueza não é explorada, devido ao custo da tecnologia de extração e separação. O cenário não é muito diferente para os demais minerais estratégicos. Não à toa, o governo federal já anuncia tanto fundos de investimento quanto aproximações para facilitar os investimentos internacionais.
Enquanto isso, a transformação do setor vai além dos “novos” minerais e alcança a operação da mineração tradicional, com impacto em toda a cadeia, que se empenha na descarbonização e nas pautas da agenda ESG. Abaixo, você confere a entrevista que fizemos com Luiz Messeder, engenheiro de campo do segmento de mineração da Moove, e Asley Assis, gerente de contas do segmento de mineração da Moove, que atendem grandes e médias mineradoras e trazem um panorama desse momento crucial, além do papel da lubrificação.
Boa leitura!
Pingue-pongue
Luiz Messeder
Engenheiro de campo
da Moove
Asley Assis
Gerente de contas
da Moove
Indústria em movimento: Para começar, quais são as oportunidades que se abrem para a mineração? De que demanda estamos falando?
Asley Assis:
Os principais metais de transição energética de que estamos falando são normalmente encontrados em rochas, basicamente o lítio, o níquel e o cobalto, que são mais utilizados na confecção das baterias, atendendo à expansão da eletrificação. O Brasil também se destaca como o maior produtor mundial de nióbio, detendo 95% das reservas conhecidas desse metal.
Luiz Messeder: Nós éramos muito focados em ferro e cobre, um pouco de ouro. Mas, hoje, estamos vendo as grandes empresas abrindo novas frentes, crescendo, comprando novas minas, aderindo a essa demanda nova. E nós, claro, estamos também com o olhar para a diversificação.
Indústria em movimento: Está ocorrendo também uma mudança na geografia da mineração?
AA:
Os estados do Pará e Minas Gerais são líderes nesse setor. Mas observamos um importante fomento para o desenvolvimento da mineração em outros estados que historicamente não tinham essa direção. Isso indica o início de uma importante descentralização, em busca de novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável em outras regiões do país. Aqui, podemos destacar os estados de Goiás, Mato Grosso e Bahia, onde teremos pela primeira vez, em 2025, a realização da maior e mais importante feira do setor de mineração, a Exposibram.
Frase de destaque de Asley Assis
Indústria em movimento: Além de atender a demanda da eletrificação, as operações da mineração tradicional estão ficando mais limpas? O que vocês observam em campo?
LM:
Uma iniciativa, que vale a pena citar como exemplo, foi a construção da mina S11D, pela Vale, com um transporte de correias de longa distância, ou seja, uma operação truckless, mais limpa. [É possível ver o projeto aqui e também os resultados anunciados em 2023.] As mineradoras também estão trazendo muito os caminhões autônomos, algo que já está em uso e que reduz a exposição ao risco dos operadores. Eles estão muito focados em ESG.
AA: Vemos também grandes mineradoras já testando caminhões elétricos. Ainda há um desafio em relação ao grande tempo de recarga das baterias desses equipamentos. Mas vejo também a eletrificação de pás carregadeiras, com a qual parece ter sido possível ganhar mais em eficiência. As mineradoras, especialmente as grandes, têm metas de descarbonização estipuladas por seus conselhos. Elas estão verdadeiramente muito focadas nisso, 100% comprometidas com as pautas ESG.
Giro rápido
As mineradoras querem produtos que tragam mais confiabilidade para os equipamentos e com os quais elas consigam alcançar suas metas ESG."
– Luiz Messeder
Indústria em movimento: E qual o papel da lubrificação nesse cenário?
AA:
Quando se fala de descarbonização da frota que está em operação, movida a combustível fóssil, o que se faz é investir na melhoria da eficiência desses equipamentos com o uso de lubrificantes de alta tecnologia, fazendo com que se consuma menos combustível. É um cálculo complicado de fazer, mas nós registramos uma prova de performance em que conseguimos estimar em torno de 1,2% de redução do consumo. E, nesse setor, que consome muito combustível fóssil, 1% é muita coisa.
LM: Para nós, esse foco em ESG das mineradoras é muito bom, porque isso significa que elas querem produtos que tragam mais confiabilidade para os equipamentos e com os quais elas consigam alcançar suas metas ESG. Quando você usa um lubrificante de qualidade, ele vai durar muito mais — ser descartado, vamos dizer, em 1.000 horas em vez de 500. Então nós conseguimos trazer mais eficiência energética e redução das emissões em toda a cadeia. O mesmo acontece com outros fornecedores, como os fabricantes de equipamentos, por exemplo, que trazem ao mercado produtos mais eficientes.
Para se aprofundar
Parte da transformação da operação tradicional de mineração passa pela descaracterização das barragens, que tem o objetivo de trazer mais segurança para as comunidades do entorno. O relatório trimestral da ANM de setembro de 2023 pode ser lido aqui. Confira atualizações da Vale e da Samarco sobre seus programas. O sistema truckless, mencionado na entrevista, também torna desnecessário o uso de barragem de rejeitos.
Confira o panorama do setor em 2023, nesta publicação do Ibram, que inclui capítulos sobre os minerais estratégicos, a agenda ESG e avanços em tecnologia. Em números, no infográfico.
Para entender a complexidade desse momento, vale ler a longa reportagem do MIT Technology Review sobre a perspectiva de exploração de níquel em uma pequena cidade em Minnesota, e a necessidade do setor de avançar suas operações, reduzindo significativamente os impactos ambiental e social.
Tecnologia Mobil™ para seu equipamento durar mais
Conheça alguns dos produtos Mobil™ que levam alta tecnologia de lubrificação para o setor:
Com a Mobilgrease XHP™ 681 Mine, uma mineradora reduziu em 55,4% o consumo anual de graxa e diminuiu R$ 1 milhão em gastos com produtos em suas 43 carregadeiras. Assista aqui.
Uma empresa de extração de minério de ferro garantiu a duplicação do intervalo de troca dos seus caminhões CAT 793F após a aplicação do lubrificante Mobil Delvac™ Extreme 15W-40, impactando sua produtividade em mais de R$ 23,4 milhões anuais. Assista aqui.
O Geargard HVS chega ao mercado para atender a uma demanda das mineradoras por um lubrificante translúcido, para que não seja necessária sua remoção em eventuais inspeções das engrenagens do moinho.
A oferta completa para alcançar máxima eficiência em sua operação, você encontra aqui.
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